50 curiosidades do tênis de campo

Qual a origem da palavra “tênis”? Qual tenista conquistou mais títulos? Grávida campeã? Canhoto que é destro? Descubra a resposta para essas perguntas e muito mais com nossas 50 curiosidades do tênis de campo.


HISTÓRIA

  1. Onde tudo começou
    O Leamington Tennis Club (atualmente Leamington Lawn Tennis and Squash Club) carrega o título de clube de tênis mais antigo do mundo. Localizado na cidade de Leamington Spa, na Inglaterra, o local foi fundado em 1872.

  2. Quadra diferentona
    Alguns esboços das quadras de tênis do século XIX não apresentavam formato retangular. Ao invés disso, tinham uma forma semelhante à de uma ampulheta: largas no fundo e mais estreitas na região próxima à rede.

  3. Placar ou relógio?
    Embora não exista um consenso em relação à origem da pontuação dos games (0, 15, 30 e 40), acredita-se que ela tenha sido inspirada nos quartos do relógio (0, 15, 30 e 45) e que, posteriormente, o número 45 tenha sido substituído pelo 40 por ser muito longo para pronunciar.

  4. Je parle français
    A palavra “tênis” tem origem do termo francês “tenez”, forma imperativa do verbo “tenir”, que pode ser traduzida livremente como “segure” em português.

  5. A evolução das raquetes
    De sua origem até meados dos anos 70, a maior parte das raquetes era feita de madeira. Inovações tecnológicas permitiram que materiais como fibra de vidro e aço também fossem incorporados à madeira usada. Posteriormente, o alumínio se tornou o material que dominou as raquetes. Atualmente, a maioria das raquetes é composta de grafite.

  6. Sem ela o jogo não rola
    A bola de tênis é feita de borracha e revestida por feltro amarelo ou branco. A Federação Internacional de Tênis (ITF) estipula que ela deve ter um diâmetro entre 6,54 e 6,86 centímetros e pesar entre 56 e 59,4 gramas.

  7. Aberto a todos
    O ano de 1968 marcou o início da chamada “Era Aberta” do tênis. Os torneios de Grand Slam concordaram em permitir que jogadores profissionais também participassem de suas disputas. Até então, somente jogadores amadores eram aceitos nessas competições. Esse foi um passo importante para a evolução do esporte e maior profissionalização dos atletas.

  8. Colocando regra na casa
    A Federação Internacional de Tênis (ITF) foi fundada em 1913 e é o órgão internacional responsável por definir as regras do tênis, regular competições entre nações, organizar os torneios de Grand Slam, além de trabalhar em parceria com os circuitos profissionais masculino (ATP) e feminino (WTA).

  9. O circuito masculino
    A Associação de Tenistas Profissionais (ATP) foi fundada em 1972, quatro anos após o início da Era Aberta, e é o órgão responsável por organizar e manter o circuito profissional masculino.

  10. E o feminino
    Por sua vez, a Associação de Tênis Feminino (WTA) foi fundada em 1973 e é o órgão responsável pelos torneios e rankings do circuito profissional feminino.


GRAND SLAMS

  1. A origem dos Slams
    Os quatro torneios conhecidos como Grand Slams são centenários. Wimbledon foi disputado pela primeira vez em 1877. O US Open teve sua primeira edição em 1881. Roland Garros foi fundado em 1891. O caçula da lista é o Australian Open, criado em 1905.

  2. Boas-vindas aos estrangeiros
    Embora fosse realizado desde 1891, o torneio de Roland Garros só foi aberto a jogadores que residiam fora da França em 1925, quando passou a ser um Grand Slam.

  3. Pisos para todos os gostos
    O US Open já foi disputado em três superfícies diferentes. Entre sua inauguração em 1881 até o ano de 1974, ele foi jogado sobre a grama. Nas três edições entre 1975 e 1977, o saibro foi adotado como piso. Desde 1978, o torneio tem sido disputado em quadras duras.

  4. Um camaleão chamado Connors
    Essa diferença de superfícies nas quadras do US Open não foi um problema para Jimmy Connors. O americano é o único jogador na história a vencer o torneio em três pisos diferentes, após ser coroado campeão nas edições de 1974 (grama), 1976 (saibro), 1978, 1982 e 1983 (quadra dura) da competição.

  5. Finais e mais finais
    Entre as temporadas de 1987 e 1990, a alemã Steffi Graf chegou em 13 finais consecutivas de torneios Grand Slam em simples, um recorde na história do tênis.

  6. Títulos e mais títulos
    Margaret Court é a maior vencedora de Grand Slams somados na história. A australiana foi campeã de 24 torneios em simples (recorde entre homens e mulheres), 19 em duplas e 19 em duplas mistas (também um recorde), conquistando o total de 62 troféus nas competições mais importantes do tênis.

  7. Espaço para todos
    Além dos torneios profissionais de simples e duplas, os Grand Slams também promovem competições para atletas juvenis (tenistas de até 18 anos) e cadeirantes.

RECORDES

  1. Num piscar de olhos
    A partida mais rápida que se tem registro em que não houve desistência ou desqualificação de um dos jogadores ocorreu na edição de 1969 do torneio feminino de Wimbledon. Na primeira rodada, a britânica Susan Tutt derrotou sua compatriota Marion Boundy por 6-1, 6-0 em apenas 20 minutos.

  2. Haja preparo físico – e emocional!
    Wimbledon também foi palco da partida de tênis mais longa da história. Na primeira rodada do torneio masculino de 2010, o americano John Isner venceu o francês Nicolas Mahut em cinco sets (6-4, 3-6, 6-7, 7-6, 70-68), em incríveis 11 horas e cinco minutos, disputadas ao longo de três dias. Os 183 games jogados também são um recorde da modalidade.

  3. A maior campeã
    Martina Navratilova é a tenista mais vitoriosa na Era Aberta do esporte. Com 167 títulos em simples, 177 títulos em duplas e 10 títulos em duplas mistas, a checa naturalizada americana levantou 354 troféus combinados em sua carreira, mais do que qualquer outro tenista.

  4. Sequência imparável
    Navratilova também detém o recorde de mais vitórias consecutivas em partidas de simples na Era Aberta. Em 1984, a tenista ganhou 74 jogos seguidos, o que lhe rendeu 13 títulos consecutivos.

  5. Uma carreira em um ano
    A australiana Margaret Court detém o recorde da Era Aberta de mais títulos de simples conquistados em um único ano. Em 1970, Court levou para casa os troféus de 21 torneios.

  6. Vencer, vencer e vencer
    Nenhum tenista profissional na Era Aberta venceu tantas partidas em uma mesma temporada quanto Guillermo Vilas. No ano de 1977, o argentino saiu vitorioso de 136 jogos, contra apenas 16 derrotas. Na história, o recorde pertence ao australiano Rod Laver que, em 1961, venceu 147 jogos.

  7. Uma década no topo
    Mike Bryan detém o recorde de mais semanas ocupando a primeira colocação de um ranking profissional. No total, o americano liderou o circuito masculino de duplas durante 506 semanas em sua carreira, número que equivale a quase 10 anos.

  8. Difícil de sair
    Roger Federer detém o recorde de mais semanas consecutivas ocupando a primeira posição de um ranking profissional. O suíço permaneceu 237 semanas seguidas no topo do circuito masculino de simples, entre fevereiro de 2004 e agosto de 2008.

  9. Na terra ninguém me vence!
    A maior sequência invicta da Era Aberta em partidas no mesmo tipo de superfície pertence a Rafael Nadal. Entre os anos de 2005 e 2007, o espanhol venceu 81 jogos seguidos em torneios disputados no saibro. O neozelandês Anthony Wilding é o detentor do recorde histórico, tendo vencido 120 partidas consecutivas no saibro entre 1910 e 1914.

  10. Raquete ou canhão?
    O saque mais rápido já registrado em um torneio profissional pertence ao australiano Sam Groth. Na edição de 2012 do torneio de Busan, Groth alcançou a marca de 263 km/h. No entanto, por se tratar de um torneio de categoria Challenger, o saque não é reconhecido oficialmente pela ATP. Essa honra foi atribuída ao americano John Isner que, durante a primeira rodada da Copa Davis de 2016, sacou a 253 km/h no confronto entre Estados Unidos e Austrália.

  11. Sentindo-se em casa
    Com 14 títulos em Roland Garros, o espanhol Rafael Nadal é o tenista que mais vezes conquistou o mesmo torneio na história da Era Aberta do tênis.

PIONEIROS

  1. O primeiro número um do mundo
    O romeno Ilie Năstase foi o primeiro jogador a ser reconhecido pela ATP como tenista número um do mundo. Ele liderou o ranking masculino entre agosto de 1973 e junho de 1974.

  2. A primeira número um do mundo
    Entre as mulheres, a australiana Chris Evert foi a primeira jogadora a receber tal reconhecimento pela WTA. Ela liderou o ranking feminino entre novembro de 1975 e abril de 1976.

  3. Um ano mágico
    Na temporada de 1988, com apenas 19 anos, a alemã Steffi Graf conquistou o chamado “Golden Slam”, ao vencer os quatro títulos de Grand Slam e a medalha de ouro olímpica na mesma temporada. Ela foi a primeira jogadora a conseguir tal feito e, até hoje, nenhum outro tenista, seja homem ou mulher, venceu os cinco títulos num mesmo ano.

  4. O primeiro patrocínio
    Em 1972, Ilie Năstase se tornou o primeiro atleta profissional da história a ser patrocinado pela Nike, marca americana de roupas, acessórios e materiais esportivos.

  5. Revolução da moda feminina nas quadras
    Na edição de 1934 de Wimbledon, Eileen Bennett chocou os espectadores ao entrar em quadra. O motivo: ela estava vestindo shorts. Na época, era comum que as tenistas jogassem usando saias abaixo dos joelhos ou calças estilo “culotte”. Bennett é reconhecida como a primeira jogadora a entrar na quadra central de Wimbledon com os joelhos à mostra, dando início a uma tendência que traria maior liberdade de escolha às roupas das mulheres nos torneios.

  6. Orgulho histórico para um país
    Após mais de 100 anos de participação nos Jogos Olímpicos de Verão, o Chile nunca havia conquistado uma medalha de ouro. Isso mudou em 2004, quando a equipe formada por Fernando González e Nicolás Massú venceu a final do torneio de duplas das Olimpíadas de Atenas. No dia seguinte, Massú voltou à quadra e também foi campeão do torneio de simples. Até hoje, essas são as duas únicas medalhas de ouro olímpicas da história do país.

TÊNIS BRASILEIRO

  1. A rainha brasileira nas quadras
    Maria Esther Bueno é o nome de maior sucesso da história do tênis brasileiro. Ela conquistou o total de 19 Grand Slams, sendo sete em simples, 11 em duplas e um em duplas mistas. Ao longo de sua brilhante carreira, a paulista levantou 62 troféus como profissional e ganhou o apelido de “bailarina”, devido à graciosidade de seus movimentos.

  2. Representando a nação
    Thomaz Koch é o maior representante brasileiro na história da Copa Davis. Koch defendeu o país em 16 edições da competição entre nações, conquistando 74 vitórias no total, sendo 46 em simples e 28 em duplas. Ambas são as maiores marcas entre brasileiros.

INUSITADAS

  1. Tiebreak diferente
    Na década de 70, com o intuito de evitar que as partidas se estendessem, foi introduzido um tiebreak de nove pontos, conhecido como “morte súbita”, em sets que ficassem empatados em 6-6. O jogador que fizesse cinco pontos primeiro ganhava o set. Se ambos os jogadores estivessem empatados em 4-4 no tiebreak, aquele que ganhasse o nono ponto era declarado o vencedor do set (não havia a necessidade de abrir dois pontos de vantagem). Esse sistema foi adotado na edição de 1971 de Wimbledon e entre 1970 e 1974 no US Open.

  2. Tão perto, mas tão longe
    Julien Benneteau detém uma marca um tanto quanto indesejada: a de mais finais em simples disputadas sem nunca ganhar um título. Ao longo de sua carreira, o francês chegou à decisão de 10 torneios, porém foi derrotado em todas as ocasiões. Em duplas, porém, Benneteau teve mais sucesso, conquistando 12 troféus, incluindo a edição de 2014 de Roland Garros.

  3. Incentivo extra
    Em 2017, Serena Williams se sagrou campeã do Australian Open pela oitava vez em sua carreira, após derrotar sua irmã Venus Williams na final. O mais inusitado, no entanto, é que semanas mais tarde ela viria a anunciar que disputou o torneio enquanto estava grávida de dois meses.

  4. A maternidade fez bem
    Kim Clijsters se aposentou precocemente em 2007, com apenas 23 anos, devido às frequentes lesões. Após um hiato de mais de dois anos das quadras e de se tornar mãe, ela retornou ao circuito em 2009 e venceu três títulos de Grand Slam em simples (US Open de 2009 e 2010, Australian Open de 2011). Antes da pausa em sua carreira, ela havia sido a campeã somente da edição de 2005 do US Open em simples. Isso torna Clijsters a única tenista na história da Era Aberta a ter mais títulos de Grand Slam após a maternidade do que antes de se tornar mãe.

  5. Surpresa no armário
    Durante a edição de 2005 do Miami Open (conhecido à época como NASDAQ-100 Open), o croata Ivan Ljubicic levou um susto ao abrir seu armário enquanto se preparava para disputar a terceira rodada do torneio. Isso porque ele se deparou com o francês Michael Llodra completamente nu escondido lá dentro. Diante do espanto de Ljubicic, LLodra se justificou e disse: “estou tentando pegar um pouco da sua energia positiva. Você está ganhando muitos jogos nessa temporada”.

  6. Cadê a raquete?
    Na edição de 2000 do torneio de Brighton, o croata Goran Ivanisevic enfrentava o sul-coreano Hyung-Talk Lee, quando, após ter seu saque quebrado no final do primeiro set, destruiu uma raquete para descontar sua frustração. Após se recuperar e vencer o segundo set, Ivanisevic quebrou outra de suas raquetes no meio do terceiro e decisivo set. Quatro pontos depois, o croata cometeu uma dupla falta e, enfurecido, destruiu mais uma raquete. O problema é que Ivanisevic tinha levado apenas as três para a quadra. Após avisar o árbitro que não tinha mais nenhuma raquete disponível, o croata foi obrigado a desistir do jogo e tornou-se o primeiro jogador na história a ser eliminado de um torneio por falta de equipamento.

  7. Garganta potente
    Ao longo de sua carreira, os gritos de Maria Sharapova foram motivo de polêmica e discussão sobre os limites aceitáveis de sons emitidos pelos tenistas. A russa constantemente ultrapassava a marca de 100 decibéis, alcançando até mesmo a faixa de 105. Para efeito de comparação, um trator produz ruídos de, em média, 97 decibéis.

  8. Lugar errado na hora errada
    Na década de 90, o alemão Karsten Braasch cometeu um pequeno equívoco em uma de suas viagens. Ao questionar o diretor do torneio de Viena, na Áustria, sobre quem seria seu adversário na primeira rodada, o homem prontamente lhe passou a informação. Porém, o diretor completou “mas, infelizmente, o senhor está inscrito no torneio de Lyon e não no nosso”. Braasch não chegou na França a tempo de disputar a partida e foi eliminado por W.O.

FORA DAS QUADRAS

  1. Tênis e geometria
    A bolinha de tênis deu origem a um teorema geométrico. Publicado pelo matemático russo Vladimir Arnold, o “Teorema da Bola de Tênis” afirma que qualquer curva suave na superfície de uma esfera que a faça ser dividida em duas partes de áreas iguais tem, pelo menos, quatro pontos de inflexão.

  2. Família em dobro
    Roger Federer se tornou pai pela primeira vez em 2009, quando sua esposa Mirka deu à luz às gêmeas Myla e Charlene. Cinco anos mais tarde, o casal teve gêmeos novamente. Desta vez, foram dois meninos: Leo e Lennart. Mas gêmeos não são novidade na família Federer. A irmã do suíço, Diana, é mãe de um casal de gêmeos. Além disso, Federer declarou que sua avó materna também tinha uma irmã gêmea.

  3. Aroma de campeã
    A argentina Gabriela Sabatini teve uma carreira de sucesso nas quadras entre as décadas de 80 e 90. Porém, fora delas, seu nome continua em evidência. Em 1989, Sabatini lançou uma linha de perfumes e até hoje suas essências fazem sucesso.

  4. O poder do trigo
    Em 2010, Novak Djokovic consultou um nutricionista, após relatar que uma falta de ar o acometia durante algumas partidas. O profissional sugeriu um teste simples. Primeiro, disse para Djokovic levantar seu braço direito. Em seguida, pediu que o jogador pressionasse uma fatia de pão contra seu estômago. O tenista informou que se sentiu muito mais fraco com o pão próximo ao estômago. Desde então, Djokovic segue uma dieta sem consumo de glúten.

  5. O canhoto destro
    Embora seja conhecido como um dos tenistas canhotos de maior sucesso da história, Rafael Nadal é naturalmente destro e ainda hoje realiza outras tarefas, como escrever e jogar golfe, usando a mão direita como dominante.

  6. Mudança de ares
    Além de estrelas dentro das quadras, alguns tenistas já fizeram sucesso em clipes musicais. É o caso de Rafael Nadal, que estrelou o clipe da música “Gipsy” da cantora Shakira, e de Novak Djokovic e Gaël Monfils, que participaram do clipe de “Hello” do DJ Martin Solveig em parceria com a banda Dragonette.


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